No conceito de Deus, a vida foi dada no Éden, e no mesmo Éden, a vida foi perdida. Há cerca de 6.000.000.000 de seres humanos na terra; o que eles têm não é a vida, pois, esta, só encontramos em Jesus Cristo, conforme o testemunho de um de seus discipulos:
"Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens" João 1.4.
Jesus veio à terra como o Apóstolo do céu (Hb 3.1). Sendo sua missão a de restaurar a vida humana em sua plenitude. Para isto, Ele deseja reproduzir de si mesmo em nós, nos moldar segundo à sua própria imagem, tirar-nos das trevas e nos fazer viver na glória do Pai.
"A saber, a verdadeira luz, que vinda ao mundo, ilumina a todo homem" João 1.9.
SEU MINISTÉRIO TERRENO
"Eis aqui estou...para fazer, ó Deus, a tua vontade" Hebreus 10.7.
A fim de realizar a sua obra, Jesus fez da libertação e da cura parte essencial no seu ministério; assim como fizeram posteriormente os apóstolos em seu minitério. Isto porque o objetivo da pregação é restaurar cada área da vida humana. Não discordamos daqueles que alegam ser mais importante a salvação. No entanto, precisamos entender que a salvação só será possível para aqueles que forem libertos, uma coisa não está separada da outra. Aliás, a salvação é justamente isto: Somos salvos de todo o jugo espiritual que pesa sobre nós, o que inclui o jugo do pecado. Quando isto acontece, ficamos livres da condenação eterna.
Por exemplo: A Bíblia é clara em dizer que o “deus deste século” cegou o entendimento dos incrédulos, para que a estes não resplandeça a luz do evangelho e sejam salvos (II Co 4.4). Isto é, para que sejam salvos, a pregação do evangelho entrará em operação como uma poderosa força de libertação na mente destes homens. Paulo também diz que as armas da nossa milícia são poderosas
em Deus, capazes de destruir fortalezas (sinonimo de baluartes: são os lugares fortes de uma cidade qualquer; um local de difícil acesso por estar cheios de defesas. No contexto de Paulo, fortalezas podem referir-se às areas humanas, como alma, mente, espirito...que foram tomadas pelo inimigo, as quais ele tem segurado fortemente)e anular sofismas (argumentos falsos lançados pelo inimigo na mente dos homens na intenção de induzi-los ao erro), e ainda toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo (Isto diz respeito a uma libertação mental). (ver II Co 10.4). Será impossível que os perdidos sejam salvos sem que primeiro suas mentes sejam libertas. Os falsos conceitos devem cair para que haja uma verdadeira conversão. A salvação, portanto, oferece ao ser humano uma libertação total em todo o seu ser. Isto é: espírito, alma e corpo. Um espírito vivificado – pois estava morto (inativo) por causas dos pecados (Ef. 2.1). Uma alma restaurada – da presença de traumas, depressões, medos, opressões. Um corpo sadio – livre de toda espécie de doenças e vícios.
O próprio termo grego (língua original em que foi escrito o Novo Testamento) para “SALVO” é “SOZO”. Uma pesquisa da palavra nos dá um entendimento melhor para o propósito de Deus na salvação.
A palavra grega para “salvo” é “SOZO” (transliterado), que significa: “Salvar; libertar; preservar; curar; livrar de danos” (Léxico do N.T. Grego/Português).
A respeito do ministério de Jesus na terra, o profeta Isaias diz:
“O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para evangelizar aos pobres, enviou-me para proclamar libertação aos cativos (libertação interior – na alma) e restaurar a vista aos cegos (cura física), para pôr em liberdade os oprimidos (libertação espiritual), e apregoar o ano aceitável do Senhor”. Lc 4.18-19.
CURA FISICA E CURA INTERIOR: “Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido” Is. 53-4.
Não há repetição no texto. Quando se diz “enfermidades”, a palavra hebraica significa “doenças”. Quando se diz “dores”, refere-se a tudo o que causa dor emocional.
O versículo a seguir confirma esta realidade, quando diz: “Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados”. Is. 53-5. Poderiamos parafrasear dizendo: "O castigo que nos tira toda dor estava sobre ele..."
O versículo 3 afirma que o próprio Jesus era homem de dores, e sabemos que ele nunca esteve doente. isto prova que refere-se ao emocional e não ao físico. era uma dor provocada pelo desprezo e rejeição por parte dos homens, coisas estas que nós também safremos. Jesus precisou passar por todas estas coisas para nos auxiliar e sarar por completo em nossas almas, pois são as nossas dores que estava tomando sobre si (vers.4).
Ele disse: “Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. Mt 11.28-30.
O descanso que Jesus promete aqui, não é para o físico, mas para a alma. É promessa de livramento interior de tudo o que oprime, como angústias, depressões, traumas, complexos, ressentimentos... enfim, tudo o que sobrecarrega. Refere-se à paz que ele oferece, que segundo o apóstolo Paulo, excede todo o entendimento humano (Fp 4.7). A palavra “paz”, é a tradução da palavra grega "eirene" e da hebraica “shalom”, que é derivada de “shalém” e significa: quietude; sossego absoluto da alma; uma tranqüilidade plena; um pleno e verdadeiro bem estar.
Até aqui estamos falando sobre o evangelho produzindo cura interior. Muitos são os que estão clamando como Davi no Salmo 142.7: “Tira a minha alma do cárcere, para que eu dê graças ao teu nome: os justos me rodearão quando me fizeres esse bem”.
Viver a paz providenciada por Jesus não significa sempre a ausência de problemas; em alguns casos, vem uma capacitação espiritual para suportar qualquer tribulação no poder do Espírito Santo. É o que vemos na vida de Paulo. No entanto, devemos crer que o evangelho vai ainda além da cura emocional.
O REINO DE DEUS CHEGOU
Com a vinda de Cristo à terra, o evangelho do Reino de Deus passou a ser anunciado. “...no qual (no Reino) temos a redenção, a remissão dos pecados.” Cl. 1.14. A proclamação do Reino por parte do Senhor Jesus, não era algo somente teórico. Ele não somente falava, mas manifestava o Reino através de libertações, curas e expulsão de demônios. Após libertar um homem de um demônio que o deixava cego e mudo, Jesus foi afrontado pelos fariseus que o acusaram de ser aliado a Belzebu. Jesus respondeu: Não, não é por Belzebu que expulso os demônios, mas...“Se, porém, eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, certamente é chegado a vós o Reino de Deus.” Mt. 12.22-28. Jesus disse que o Reino de Deus havia chegado para aquele homem a quem libertou. De agora em diante, este homem passaria a viver uma vida de paz, de alívio e gozo; pois...no Reino há redenção.
A PROCLAMAÇÃO DO REINO DE DEUS
“Percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do Reino e curando toda sorte de doenças e enfermidades entre o povo.” Mt 4.23.
A pregação do evangelho do Reino, sempre inclui a restauração do homem por inteiro: corpo, alma e espírito. Este é o mesmo evangelho que Jesus nos manda anunciar. Na comissão dos setenta, Ele ordenou:
“Curai os enfermos que nela houver, e anunciai-lhes: A vós outros está próximo o Reino de Deus.” “Então regressaram os setenta, possuídos de alegria, dizendo: Senhor, os próprios demônios se nos submetem pelo teu Nome!” Lc 10.9,17.
Receber e viver no Reino de Deus, é participar da salvação eterna em primeiro lugar... “Não obstante, alegrai-vos, não porque os espíritos se vos submetem, e, sim, porque os vossos nomes estão arrolados nos céus.” Lc 10.20... mas é também provar da vida abundante que Jesus nos prometeu: “Porque o reino de Deus não é comida e nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo. Aquele que deste modo serve a Cristo é agradável a Deus e aprovado pelos homens.” Rm 14.17-18.
Deus não mudou suas intenções. Seu mair desejo é que a vida de Seu Filho seja plena em nós, até dizermos "logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim..." Gl 2.20. Para então podermos dizer: "E bem sei que, ao visitar-vos,irei na plenitude da bênção de Cristo" Rm 15.29. Nesta geração, Ele quer levantar pessoas comprometidas com o Seu reino, para saírem dos termos da igreja, e irem lá fora, ungidos e separados para o ministério de cura e libertação dos cativos, transmitindo a todos os homens que Jesus veio para dar-lhes vida e vida com abundância. João 10.10.
A pergunta divina mais uma vez ecoa do céu, dizendo: “...A quem enviarei, e quem há de ir por nós...? Os Isaias de Deus devem aproximar-se de Seu Trono com a resposta: “...Eis-nos aqui, envia-nos a nós...” Isaias 6.8.
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